PC da Colômbia <br>defende democratização
É impossível implementar o acordo de paz na Colômbia sendo permissivo para com o paramilitarismo e mantendo intactos o anticomunismo, o sectarismo e o menosprezo pela verdade histórica como pilares do regime, considera o Partido Comunista da Colômbia (PCC). No momento em que se assinalou cem dias da entrada em vigor do pacto para pôr fim ao conflito armado entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) e o governo colombiano, o PCC apelou à unidade de todas as forças progressistas na defesa da democratização e pacificação do país.
Através do seu secretário-geral, Jaime Caycedo, os comunistas colombianos manifestaram-se favoráveis à reintegração da guerrilha na vida política colombiana, mas sublinharam a necessidade de que tal seja feito com a garantia de que as FARC-EP podem intervir na sociedade sem condicionamentos e sem que os seus membros sejam alvo de violência.
No fim-de-semana, as FARC-EP e governo da Colômbia reuniram-se para avaliar, entre outras matérias, o andamento do processo de acantonamento e entrega de armas por parte da guerrilha. No final do encontro o executivo liderado pelo presidente Juan Manuel Santos comprometeu-se, por outro lado, a dar seguimento à proposta de reforma constitucional que permitirá implementar o primeiro ponto dos acordos de paz – respeitante ao desenvolvimento agrário integral e à criação da Comissão da Verdade e da Unidade de Busca de Pessoas Desaparecidas, bem como a aplicar o Pacto Político Nacional, o qual prevê a consolidação de condições para que nenhuma força política ou social seja obrigada a recorrer às armas.